11 de dezembro de 2012

Quando um ciclo termina


Nostalgia precoce nunca foi o meu problema, talvez porque eu ainda não tivesse percebido a grandiosidade da questão. Mas, crescer nunca me pareceu ser tão difícil como nos últimos dias. A verdade é que houve um tempo em que eu esperava ansiosa pelo final desse ciclo. Mas o que eu não sabia era que isso me causaria tanta dor.

Encerrar esta etapa da minha vida é abrir-me a uma nova, a uma mais madura e responsável, para a qual não me sinto preparada. Caminhar com as próprias pernas é jogar-se no mundo das incertezas, do medo, do desconhecido. 

Os últimos três anos foram uma verdadeira contradição. Ao mesmo tempo em que foram os melhores, também foram tão superficiais que é quase como se eu não os tivesse vivido. O tempo não volta e agora me sinto vazia. É uma sensação muito estranha e desconfortável essa de vazio, de não saber o que fazer. 

Quantas vezes me pego a pensar, tentando entender onde foi que eu errei. Por que deixei que tantos momentos passassem por mim sem ser aproveitados? Agora que sou invadida por um terremoto de arrependimentos, é tarde demais para me questionar. Não vivi o auge da minha adolescência. O tempo foi passando, e eu me esqueci de viver o período mais intenso da vida de um ser humano.

No entanto, um ciclo foi, de fato, concluído; houve um ponto final para separar um capítulo de outro. E agora cabe somente a mim começar um novo. Apesar das dores, do medo, das incertezas eu preciso continuar escrevendo os próximos parágrafos da minha vida.